Fazemos parte de uma rede neural e nunca saberemos disso

 E nosso universo pode ser um cérebro com milhares de conexões nervosas (onde a terra é uma minúscula parte).

Um artigo provocativo do professor de física Vitaly Vanchurin, da University of Minnesota Duluth (EUA), reavalia exatamente nossa realidade de uma maneira extremamente peculiar ao indicar que nós e tudo no universo “em seu nível mais fundamental [é] uma rede neural”.


Há muitas décadas pesquisadores já tentam relacionar a teoria da relatividade geral de Einstein com a mecânica quântica, mas não obtiveram muito sucesso. Na relatividade de Einstein o tempo é relativo, enquanto na mecânica quântica o tempo é absoluto.


O professor Vanchurin supõe que redes neurais artificiais exibem comportamentos similares a ambas teorias da física. E diz que a mecânica quântica “é um paradigma notavelmente bem-sucedido para modelar fenômenos físicos em uma ampla gama de escalas” e que “acredita-se amplamente que no nível mais fundamental todo o universo é governado pelas regras da mecânica quântica e até mesmo a gravidade deveria de alguma forma emergir disso”.


O professor também afirma que “não estamos apenas dizendo que as redes neurais artificiais podem ser úteis para analisar sistemas físicos ou para descobrir leis físicas, estamos dizendo que é assim que o mundo ao nosso redor realmente funciona” e que “A esse respeito, pode ser considerada uma proposta para a teoria de tudo e, como tal, deve ser fácil provar que está errado.”



“A ideia é definitivamente maluca, mas e se for maluca o suficiente para ser verdade?”

Segundo o professor Vanchurin, quando uma rede neural tem um número muito grande de neurônios seu comportamento pode ser descrito muito bem por equações da mecânica quântica clássica, que explica como o mundo físico funciona. 


No artigo o físico explora a possibilidade de que a estrutura fundamental de tudo o que existe seja uma rede neural microscópica sim da qual tudo emerge; tanto a mecânica quântica (que explica o comportamento das coisas muito pequenas), quanto a relatividade geral (que explica como se comportam as coisas muito grandes).


Em um artigo anterior sobre aprendizado de máquina, Vanchurin usa métodos estatísticos para compreender como se comportam as redes neurais, mas acabou descobrindo que, em certos aspectos, elas são muitos semelhantes à dinâmica da mecânica quântica o que o levou a explorar a ideia de que o nosso mundo físico como conhecemos, supostamente seja apenas uma rede neural, assim como conhecemos em nossa própria anatomia humana. 


Ao fazer a pergunta obrigatória, se a teoria do universo como rede neural significa que vivemos em uma simulação, o físico respondeu que “não, vivemos em uma rede neural, mas talvez nunca saibamos a diferença”.


O fato é que o universo não é uma mistura de material espacial sem estrutura. Mas ainda não se sabe como ele é montado. O que é sabido é que tudo está conectado por uma grande rede filamentar. E se tende a observar que as galáxias são distribuídas nele, de uma forma um tanto quanto aleatória.


O que nos deixa intrigados é que, se toda essa teoria um dia se comprovar certa (o que ainda não é), o que somos nós para o universo??




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